ANDARILHO MOTOCICLISTA: 2 de jun. de 2011

quinta-feira, 2 de junho de 2011

VIAGEM - CORREIA PINTO - FLORIANÓPOLIS - ESTRADA VELHA 29.05.2011

Mapa da viagem, de Lages a Florianopolis pela antiga estrada de chão batido.

Preparando pra sair, sedinho com muita geada.

Lindo amanhecer saindo de Correia Pinto SC

Proximo a praça do Pedágio, tava tudo branquinho.

Proximo ao Pedágio, muita geada.

Na igreja em Macacos

Rodando proximo a Três Árvores

Frente a igreja de Três Árvores

Que dia lindo nos esperando

Pela estrada proximo a Bocâina do Sul

Frente a Igrejinha no Cupim

Na Gruta N. S. de Lourdes - em Santa Clara - Bom Retiro

Na Serra da Bocâina

Proximo a Canoas.

Canoas - sobre a Ponte que divide os municípios de Bocâina do Sul e Bom Retiro

Passando pela Entrada - Bom Retiro.

Sobre a Ponte do João Paulo.

No Portal em Bom Retiro.

Entrada Bom Retiro.

No Museu dos imigrantes alemães, e debaixo do portal um ITALIANO, na Entrada em Bom Retiro.

Na Cascalheira - no Trombudo.

Morro do Trombudo lado de Alfredo Wagner

Coxo D'Agua - Lomba Alta.

Quebra Dente - Boa Vista.

No Belvedere da Boa Vista.

|Monumento ao tropeiro em Taquaras.

Portal de Taquaras.

Rancho Queimado.

Santo Amaro da Imperatriz.

Belvedere da Boa Vista, retornando

Cumprimentando os Gaúchos no Parque em Bom Retiro.

Esta viagem a muito tempo vinha planejando, mas agora o amigo Adilson resolveu vender sua Falcon, e como o planejado era fazer com esta moto, então decidi que era hora de concretizar este sonho. Sai sedinho as 7 hs de Correia Pinto, muito frio e branco de geada. De Correia Pinto até o Distrito de Índios, o caminho teve de ser pelo asfalto, pois a estrada velha já não existe mais em muitos pontos. No trevo de Lambedor ( Índios ) começou o trajeto planejado. Pegando a antiga estrada de chão, passando por Três árvores, Pessegueiros, Macacos e indo sair em Bocâina do Sul. Neste ponto atravessei a BR 282 e segui por Piúrras, Serra da Bocâina, Dois Irmãos, Canoas, Irapuá, Cupim, João Paulo, saindo proximo ao Posto Janaína, na Santa Clara. Uma visita ao Santuário, e Gruta N.S.Lourdes, voltei a estrada agora até Bom Retiro, mais pelo asfalto. Em Bom Retiro segui pela entrada, onde é uma região de imigrantes Alemães, passei pelo Museu do Imigrante, e Morro do Trombudo, Lomba Alta, Museu Arqueológico, descendo pelo Coxo D'Agua, chegando novamente na BR 282. Novamente passando pro outro lado, antiga estrada novamente até Alfredo Wagner, saindo na Ponte, entrada para Alfredo Wagner, que antigamente era de madeira e coberta. Hora do almoço, e foi mesmo em Alfredo Wagner. Depois novamente segui pelo lado direito do Rio, oposto ao asfalto, passando por Picadas, São Leonardo, Lesse e sai no Quebra Dente, Boa Vista. Agora pelo asfalto até o mirante da Boa Vista. Peguei no Portal de Taquaras, e segui passando pelo Monumento do Tropeiro,Taquaras e chegando a Rancho Queimado, muito lindo este trexo. Em Rancho Queimado novamente atravessei a BR 282 e segui sentido Anitápolis, uns 10Kms e peguei a esquerda descendo pelo Rio dos Cedros, chegando em Aguas Mornas e depois Santo Amaro da Imperatriz. De Santo Amaro a Florianópolis a antiga estrada praticamente não existe mais. Todo este trajeto levei 9hs para percorrer. Um Lanche em Santo Amaro, e retornei agora pelo asfalto, passando por Rancho Queimado, Alfredo Wagner, Bom Retiro e Lages, levando 2hs de Santo Amaro a Correia Pinto. Era um sonho, que virou realidade graças a "DEUS".

ESTRANHO PERSONAGEM

ESTRANHO PERSONAGEM, ESSE TAL DE MOTOCICLISTA... Difícil crer que seja possível preferir o desconforto de uma motocicleta, onde se fica instavelmente instalado sobre um banquinho minúsculo, tendo que fazer peripécias para manter o equilíbrio e torcendo para que não haja areia na estrada. Como podem achar bom transportar o passageiro, dito garupa, sem nenhum conforto ou segurança, forçando o coitado a agarrar-se à pança do motociclista, sujeitando ambos a toda sorte de desconfortos, como chuva, ou mesmo aquela "ducha" de água suja jogada pelo carro que passa sobre a poça ao lado, ou de ficarem inalando aquele malcheiroso escapamento dos caminhões em BRs movimentadas, por exemplo, sem falar da necessidade de se utilizar capas, casacos e capacetes, mesmo naqueles dias de calor intenso. Isso tudo enquanto convivemos numa época em que os automóveis nos oferecem toda sorte de confortos e itens de segurança. Ar-condicionado, que permite que você chegue ao trabalho sem estar fedendo e suado; "air bags", barras laterais, cintos de três pontos, etc., que conferem ao passageiro uma segurança mais do que necessária; som ambiente; possibilidade de conversar com os passageiros (Os passageiros. ..) sem ter que gritar e assim por diante. Intrigante personagem, esse tal de motociclista. Apesar de tudo o que disse acima, vejo sempre em seus rostos um estranho e particular sorriso, que não me lembro de haver esboçado quando em meu carro, mesmo gozando de todas as facilidades de que ele dispõe. Passei, então, a prestar um pouco mais de atenção e percebi que, durante minhas viagens, motociclistas, independente de que máquinas possuíssem, cumprimentavam- se uns aos outros, apesar de aparentemente jamais terem se visto antes daquele fugaz momento, quando se cruzaram em uma dessas estradas da vida. Esquisito... Prestei mais atenção e descobri que eles frequentemente se uniam e reuniam, como se fossem amigos de longa data, daqueles que temos tão poucos e de quem gostamos tanto. Senti a solidariedade que os une. Vi também que, por baixo de muitas daquelas roupas de couro pesadas, faixas na cabeça, luvas, botas, correntes e caveiras, havia pessoas de todos os tipos, incluindo médicos, juízes, advogados, militares, etc. que, naquele momento, em nada faziam lembrar os sisudos, formais e irrepreensíveis profissionais que eram no seu dia a dia. Descobri até alguns colegas, a quem jamais imaginei ver paramentados tão estranhamente. Muito esquisito... Ao conversar com alguns deles, ouvi dos indizíveis prazeres de se "ganhar a estrada" sobre duas rodas; sobre a sensação deliciosa de se fazer novos amigos por onde se passa; da alegria da redescoberta do prazer da aventura, independente da idade; e da possibilidade de se ser livre e alegre, rompendo barreiras que existem apenas e tão somente em nossas mentes tão acostumadas à mediocridade. Vi, ouvi e meditei sobre o assunto. Mudei a minha vida... Maravilhoso personagem, esse tal de motociclista. Muitas motos eu tive, mas jamais fui um verdadeiro motociclista, erro que, em tempo, trato agora de desfazer. Mais que uma nova moto, a moto dos meus sonhos. Mais que apenas uma moto, o rompimento dos grilhões que a mim impunham o medo e o preconceito e que por tanto tempo me impediram de desfrutar de tantas aventuras e amizades. Deus sabe o tempo que perdi e as experiências que deixei de vivenciar. Se antes olhava-os com estranheza, mesmo sendo proprietário de uma moto (mas não um motociclista) , vejo-os agora com profunda admiração e, quando não estou junto, com uma deliciosa pontinha de inveja. O interessante, é que conheço pessoas que jamais possuíram moto, mas que estão em perfeita sintonia com o ideal motociclista. Algumas chegam até mesmo a participar de encontros e listas de discussão, não que isto seja imprescindível ou importante. O que importa é a filosofia envolvida. Hoje eu, montado em meus sonhos, planejo, ainda timidamente, lances cada vez maiores, sempre dispostos a encontrar novos velhos amigos, que certamente vão me acolher de braços abertos. Talvez, com um pouco de sorte, encontrarei algum motorista que, em seu automóvel, note e ache estranho aquele personagem que, passando em uma motocicleta, com o vento no rosto, ainda que sob chuva ou frio, mostre-se alheio a tudo e feliz, exibindo um largo e incompreensível sorriso estampado no rosto. Quem sabe ganharei, então, mais um irmão motociclista.

"ESTRADEIRO"

Estradeiro é uma espécie rara e por isso ainda não conseguiu criar raízes em lugar algum. Na dúvida, ele pega a Moto e garra a estrada, não importa pra onde, desde que seja longe. Também não se importa em quanto tempo vai levar ou se tem alguma coisa lá, o importante é ir, rodar e sentir o vento no rosto. Sempre bem prevenido com ferramentas, malas, alforjes, bagageiros, mochilas, pochetes e uma Camera, que mesmo simples, ele ainda consegue registrar belos momentos, e lindas paisagens. Sempre que encontrar um "estradeiro" e ele disser já volto, desconfie. Mas pode ter certeza que volta, e trazendo sempre muita matéria registrada em fotos e vídeos.

MOTOCICLISTA SIM, MOTOQUEIRO NUNCA...!!!

Ser motociclista é levar o sorriso no rosto e amor no coração, é pregar a igualdade, irmandade, fraternidade e sinceridade, não importa a cilindrada de sua moto, o importante é que você tem para oferecer, o que você traz na sua bagagem. O motoqueiro não tem compromisso com nada e com ninguém, só pensa nele, não respeita as leis de trânsito, não tem amor a sua própria vida, independente da cilindrada de sua moto, já vi muitos motoqueiros de 1100 cc por aí. Ser motociclista é rasgar o vento no peito , é cortar estradas ,é respeitar o próximo e amar a vida, é fazer novas amizades, é conquistar sua liberdade, é saber colher sonhos. Faça a sua própria história. Você já "plantou sorriso" ? Então comece, para ser motociclista tem que saber "colher sonhos". Conheça um motociclista e não tenha medo de ser feliz.